terça-feira, 20 de novembro de 2018

Parque Nacional da Lagoa do Peixe - RS


Localizado no litoral Sul do Rio Grande do Sul nos municípios de Tavares (80%), Mostardas (17%), e São José do Norte (3%), o parque foi criado em 1986 e sua ligação com o Mar e a Lagoa dos Patos o transforma em residência oficial de aves migratórias dos hemisférios Norte (verão) e Sul (inverno). O local ainda não tem boa infraestrutura turística, mas é procurado por observadores de pássaros e fotógrafos o ano inteiro.

O acesso não é complicado, fica a 230 quilômetros de Porto Alegre. Nós fomos de 4 x 4, claro, e aproveitamos para percorrer a extensa faixa de areia entre as cidades de Mostardas e Tavares. É interessante ver família inteiras com o carro atracado na areia para passar fins de semana pescando e observando a natureza. A caminhada na beira da praia é acompanhada por revoadas e mais revoadas de pássaros, um espetáculo belíssimo.

Nos hospedamos em Tavares, no Hotel Parque da Lagoa, bem no Centro, e dali partíamos diariamente para os passeios. Uma dica é visitar a Lagoa do Peixe pela manhã onde encontramos mais variedades de pássaros, e, à tarde, vale ver o pôr do sol na Lagoa dos Patos.
















Serra da Bocaina - dezembro de 2016



Recém chegados da Serra da Canastra, em Minas Gerias, subimos novamente a serra, desta vez a da Bocaina, entre as serras do Mar e da Mantiqueira, na divisa do Rio de Janeiro e São Paulo. Quem sai do Rio de Janeiro, entra em Barra Mansa, em direção a Bananal (SP), e dali pega a serra que já está totalmente asfaltada. O clima é para quem busca paz e tranquilidade, um bom lugar para relaxar, namorar e pensar na vida.




Escolhemos a Pousada da Terra, pois já éramos seguidores do perfil deles no Instagram. A pousada é uma das mais estruturadas do lugar, com chalés bem aconchegantes. Fica dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA) a 1.200 metros de altitude. Por ela temos acesso por trilhas a diversas cachoeiras, uma delas a Cachoeira do Bracuí, de onde podemos avistar o mar da Baía da Ilha Grande, na Costa Verde.








Serra da Canastra - MG - dezembro de 2016




Um passeio incrível para ir de 4 x 4, a Serra da Canastra, no Sudoeste de Minas Gerais, tem  atrativos de sobra para quem gosta de montanhas, cachoeiras e muita aventura. Nós viajamos em dezembro de 2016 para passar o Natal na região - sim, nós aproveitamos o Natal para essas viagens - época em que nem tudo está lotado porque as pessoas costumam se reunir com a família. Já o Ano Novo... é outro papo. E também porque é a época em que temos folga do trabalho.

A Serra da Canastra está localizada numa área de 200 mil hectares e abrange seis municípios:  São Roque de Minas (principal), Vargem Bonita, Delfinópolis, São João Batista da Glória, Capitólio, Sacramento e Pumhi. Ficamos em Vargem Bonita. Escolhemos a Fazenda Limeira, uma antiga propriedade de exploração de diamantes.



A fazenda ficava bem no meio do caminho para um dos principais atrativos do Parque Nacional da Serra da Canastra: a cachoeira Casca D`Anta, com quase 200 metros de queda do Rio São Francisco. O acesso à cachoeira é bem fácil e sinalizado, o carro pode ficar bem próximo e após 20 minutos de caminhada, damos de cara com essa maravilha. Não precisa ser um 4 x 4 para chegar ao local, mas convenhamos que esse lugar pede um jipe.





A portaria principal do Parque Nacional fica a 8 quilômetros de São Roque de Minas. É preciso fazer o  registro no posto do ICMBio, e dar sorte do tempo estar firme, porque dali em diante a estrada de chão tem muitos buracos e pedras.

A nascente do Rio São Francisco fica dentro do parque, exatamente neste acesso, e desemboca na Casca D`Anta, sua primeira grande queda. A piscina natural que se forma até a queda - a chamada parte alta da cachoeira - é fabulosa, um convite a um banho. Bom reservar o dia todo para esse passeio e levar lanche e água. Neste lugar onde fica a piscina natural tem estacionamento e banheiros.



A paisagem é deslumbrante em meio a uma vegetação que mistura  Mata Atlântica com Cerrado. Dá para ver muitas espécies de pássaros, corujas, maritacas, só não conseguimos ver o lobo guará, habitante ilustre dessa região.







 







O QUEIJO CANASTRA

Outro atrativo é o queijo canastra, produzido nos sítios e fazendas da região. Tivemos a oportunidade de conhecer o queijo do Guilherme, da estância Capim Canastra, premiado em 2015 com medalha de prata no Mondial Du Fromage de Tours, na França. Ele concorreu com 600 queijarias de 23 países. É simplesmente maravilhoso o queijo a base de leite cru da vaca só encontrado nesta região de Minas, por isso a produção artesanal é considerada Patrimônio Cultural e Imaterial do País.














Também tem o folclore como a Folia de Reis, entramos sítios adentro para conferir uma das festas mais tradicionais de Minas Gerais.




COMO CHEGAR:

Partindo do Rio de Janeiro: BR 040 passando por Três Rios, Juiz de Fora e Barbacena. Depois São João Del Rey e Lavras (via BR 265) e daí cruzando a rodovia Fernão Dias (BR 381) na altura de Perdões rumo a Campo Belo (BR 354) até chegar a Formiga, já na MG 050. Depois é só seguir rumo ao Estado de São Paulo até Piumhi e daí para São Roque de Minas.




domingo, 10 de abril de 2016

Pico das Agulhas Negras - 20 anos depois


Quase 20 anos depois da primeira escalada, voltei à parte alta do Parque Nacional de Itatiaia, em junho de 2015, feriado de Corpus Christi. Lá estão localizados alguns dos picos mais altos do Brasil, entre eles, Agulhas Negras (2.791 m) e o Morro do Couto (2.680 m). Da primeira vez fui a trabalho, para uma reportagem do jornal O DIA, e por isso tivemos autorização para dormir no Abrigo Rebouças - que hoje funciona apenas como ponto de parada dos montanhistas e camping. Desta vez, eu e meu marido, o fotógrafo Antonio Pinheiro, fomos com um único compromisso: trazer belas imagens e novas experiências do lugar. E foi justamente o que fizemos!

Buscamos um abrigo o mais perto possível do parque. Encontramos a Pousada dos Lobos, bem pertinho, a uns 5 km da entrada. Contratamos na própria pousada. o Valderi Guia, que foi da Brigada de Incêndio do Parque e conhece o lugar como ninguém, Logo na entrada, me surpreendi com a quantidade de gente, de vários lugares que já fazia fila na portaria para comprar o tíquete de acesso, que pode ser um passaporte para três dias ou somente para uma visita.

Antigamente a entrada não era cobrada, mas o acesso dos visitantes era bem mais limitado. Agora, o lugar é administrado pelo ICMBio, que também restringe o acesso a determinados pontos. Mas a quantidade de gente é impressionante, e se não chegar cedo - até às 7h - corre o risco de não ir ao ponto desejado. Foi o que nos aconteceu. O Pico das Agulhas Negras lotou antes das 8h.


O valor do ingresso do parque é R$ 11,00 para brasileiros e R$ 22,00 para estrangeiros.

O parque abre às 07:00 horas e possui restrições de horário para inicio e número máximo de pessoas para cada trilha:
  • Pico das Agulhas Negras – Entrada até 10:00 horas – Máximo de 120 pessoas/dia
  • Cume das Prateleiras – Entrada até 11:00 horas – Máximo de 100 pessoas/dia
  • Base das Prateleiras – Entrada até 12:00 horas – Máximo de 120 pessoas/dia
  • Pedra do Couto – Entrada até as 13:00 horas – Máximo de 120 pessoas/dia
  • Pedra do Altar/Asa de Hermes – Entrada até 11:00 horas – Sem limite de pessoas
  • Cachoeira do Aiuroca – Entrada até 10:00 horas – Sem limite de pessoas
  • Abrigo Rebouças – Entrada até 14:30 horas – Sem limite de pessoas

O horário limite para a saída do parque é 17:00 horas. Para quem for pernoitar no parque este é o horário limite para o término da trilha.

TRAVESSIA COUTO / PRATELEIRAS E RETORNO PELO ABRIGO REBOUÇAS









É uma travessia de 7 quilômetros aproximadamente, ida e volta. No dia em que atravessamos o tempo estava incrivelmente perfeito e passamos por toda a parte de cima até o Morro do Couto, nona maior montanha do Brasil, sem uma nuvem. Céu de brigadeiro. A caminhada é considerada de moderada a pesada, porque tem subidas e descidas de pedras. É bem puxado, mas dá para percorrer, parando para descansar de vez em quando. A paisagem lá de cima, compensa o esforço. Do cume do Morro do Couto dá para ver quase todos os picos do parque, além da Serra Fina, Vale do Paraíba e Pedra do Frade, na Serra do Mar. Tão incrível quanto o Pico das Agulhas Negras.  Na volta, eu já estava me arrastando em meio ao caminho de pedras até o retorno à portaria do Parque. No retorno à pousada, um banho quente e sopa para ajudar na recuperação.

Nessa época do ano é bem frio, mas não costuma chover, por isso é aconselhável ir entre junho e agosto. Pegamos 2 graus positivos na pousada, a temperatura mais baixada até então. O pacote inclui café da manhã e jantar.
Mais informações sobre o parque em: http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/reservas.html