segunda-feira, 2 de março de 2015

Pantanal Nhecolândia, o lado Sul.



Acredite se quiser, mas o Pantanal da Nhecolândia, no MS, tem esse nome porque um antigo fazendeiro do lugar se chamava Nheco. É banhado pelas águas cor de Coca-Cola do Rio Negro e seus afluentes e guarda recantos de rara beleza. Nossa visita ocorreu em dezembro de 2014, portanto, no início do período da cheia, o suficiente para não conseguirmos chegar de carro à Fazenda Barra Mansa, nosso destino. A estrada fica coberta pela inundação da região e só se acessa o lugar de avião, a partir de Campo Grande, uma hora e meia, e de Aquidauana, apenas meia hora. Nosso piloto, o Pita, tratou de me deixar bem calma no trajeto devido à sua experiência no comando da aeronave, de seis lugares. O sobrevoo é uma aventura, os pastos vistos de cima, são fantásticos, e dá pra ver os lagos que se formam com a cheia dos rios. Na chegada fomos super bem recebidos pela equipe do hotel, inclusive pelo Antonio, filho do Daniel Rondon e da Pollyana, um doce de menino, de uma esperteza e inteligência sem igual. No carro que nos aguardava na pista de pouso ele já foi nos antecipando o passeio e nos contando histórias. Adorei o Antonio, de cara. A Fazenda Barra Mansa é uma da primeiras do Pantanal, pertencia a avó do Daniel. O pai dele, Guilherme Rondon, é um músico conhecido na região, voz suave, combina com a paz do lugar. Se quiser esquecer da vida agitada, esse é o lugar. Nos passeios pelo rio, além dos jacarés, lontras, tuiuiús e muitos pássaros, as onças, também podem ser avistadas nas margens. Nós, infelizmente não vimos, mas um grupo de espanhóis que estava no hotel, conseguiu. O bacana da Fazenda Barra Mansa é que os passeios são personalizados, para agradar a todos os gostos, não precisamos sair em bando para um único destino. O atendimento,


melhor deixar essa foto com o Daniel servindo o porco falar por si. Deleitem-se! Ah, esse aí é o Antonio, e na beira do Rio Negro, nossa foto na virada do ano. Mágico.

















              

Não é só Bonito, é lindo!


Bonito, no Mato Grosso do Sul, é daqueles lugares de beleza inacreditável. São tantas surpresas que fica difícil escolher por onde andar. Mas, para conhecer os lugares é preciso reservar dinheiro e disposição. A maioria dos passeios fica distante, e é necessário contratar uma das diversas agências de turismo da cidade para conseguir visitar os pontos turísticos, boa parte dentro de propriedades particulares. Essa foi a forma que encontraram de ajudar a preservar o lugar, evitando uma invasão de turistas aos locais, muitos deles sem a menor consciência sobre preservação. Essas agências cobram de 40 a 180 reais por pessoa, de acordo com o roteiro, e quem não tiver ido de carro, tem despesa extra para contratar o transporte. Optamos pela Ygarapés, que oferece um serviço, digamos, honesto. A maior atração é mesmo a flutuação nas águas claras dos rios Formoso, Sucuri e da Prata. No Sucuri a água é cristalina e se vê mais vegetação do que peixes, mas o rio da Prata é um aquário natural, incrível. Os locais dispõem de todo o equipamento, máscara, snorkel, botas de neopreme, tudo isso está incluso no valor pago à agência. Os animais da região dão um espetáculo à parte: araras vermelhas, azuis, canindés, tucanos, urubu rei, uma infinidade de pássaros, capivaras, tatus e outros bichos. No hotel fazenda Santa Esmeralda, onde nos hospedamos, cerca de 10 quilômetros de estrada de terra a partir da rodovia de acesso a Bonito, dá para ver uma parte dessa fauna e biodiversidade. Na propriedade, passa o Rio Formoso, lindo e cheio de peixes. Os chalés são confortáveis e a equipe, muito acolhedora, sem falar nos donos do hotel, super simpáticos. Aí vão alguns registros do lugar e do Santa Esmeralda.